domingo, 6 de janeiro de 2013

A Escravidão de Amor segundo o Método de Santa Teresinha


A humildade de coração forma a base da infância espiritual promulgada por Santa Teresinha.


Pode-se de fato distinguir: humildade de espírito, humildade de vontade e humildade de coração.


A santinha escolheu a humildade de coração, para patentear que sua humildade não é simplesmente o estado da alma, que vê que nada é e nada pode, mas ainda o estado de amor a esta nulidade.

Averiguar que nada somos é o primeiro passo; amar esta condição é o segundo. Aceitar uma humilhação com calma é a humildade de espírito. Procurar aquilo que humilha é a humildade de vontade. Amar a humilhação e nela comprazer-se, – eis a humildade de coração.


“Ser pequeno” – diz a amável santinha – é não atribuir a si mesmo as virtudes praticadas, nem reputar-se capaz de qualquer coisa; é, sim, reconhecer que é o bom Deus, que põe nas mãos de seus filhinhos o tesouro da virtude, de que Ele se serve quando precisa, porquanto a virtude permanece sempre tesouro de Deus.


O que agrada a Jesus em minha pequenina alma é ver que amo a minha pequenez e minha pobreza, é a cega esperança que tenho em sua misericórdia”.


Estas palavras resumem toda a espiritualidade de Teresinha. Não somente ela se julga pequena, fraca e inconstante, mas ama esta pequenez, compraz-se nela e nela acha a sua riqueza. Continua Santa Teresinha: “Para sermos humildes, é preciso que consintamos alegremente em tudo o que os outros nos mandam. Quando alguém vos pedir um serviço, considerai-vos um pequeno escravo, a quem todos possam dar ordens”.


É o caminho do santo abandono nas mãos de Deus. Consiste em considerar Deus como pai carinhoso e aceitar com amor tudo o que Ele nos manda. A santinha de Lisieux deu a esta prática o nome de infância espiritual.



         Pe. Júlio Maria de Lombaerde, S.D.N.