quinta-feira, 21 de março de 2013

Necessidade da devoção à Santíssima Virgem




Confesso com toda a Igreja que Maria é uma pura criatura saída das mãos do Altíssimo. Comparada, portanto, à Majestade infinita ela é menos que um átomo, é, antes, um nada, pois que só ele é “Aquele que é” (Ex 3, 14) e, por conseguinte, este grande Senhor, sempre independente e bastando-se a si mesmo, não tem nem teve jamais necessidade da Santíssima Virgem para a realização de suas vontades e a manifestação de sua glória. Basta-lhe querer para tudo fazer.

Digo, entretanto, que, supostas as coisas como são, já que Deus quis começar e acabar suas maiores obras por meio da Santíssima Virgem, depois que a formou, é de crer que não mudará de conduta nos séculos dos séculos, pois é Deus, imutável em sua conduta e em seus sentimentos. Tratado da Verdadeira Devoção à Maria Santíssima -  “Necessidade da devoção à Santíssima Virgem”, art. 14 e 15, afirma, São Luís Maria Grignion de Montfort.

Deus quis e escolheu Maria Santíssima como Co vítima e Co redentora de Sua obra Salvífica, Ela, “pobre serva” de Nazaré, por meio de Seu Sim veio Libertar e Salvar todos os pecadores, por isso no Seu louvor quando proclama o Magnificat (Lc 1, 46-55) ao visitar sua prima Isabel não apenas podemos perceber a manifestação da sua missão, como também sua vocação: Mãe do Altíssimo.  “Minha alma glorifica ao Senhor meu espirito exulta de alegria em Deus meu Salvador por que olhou para pequenez de sua pobre serva. por isso desde  agora me proclamarão Bem Aventurada todas as gerações por que realizou em mim maravilhas Aquele que é poderoso e cujo nome é Santo.(...) Manifestou o poder de Seu braço, desconcertou o coração dos soberbos, derrubou do trono os poderosos e exaltou os humildes. Saciou de bens os indigentes e despediu de mãos vazias os ricos".

Portanto, como afirma São Luís Maria Grignion de Montfort, temos “necessidade da devoção a Maria Santíssima”, e essa necessidade advém para sermos libertos e salvos do que nos separa de Deus. A Libertação e Salvação de todo o povo, iniciou por Maria Santíssima ao dizer Sim e ao conceber do Espírito Santo. A obra Salvífica  também “acabou” por meio D’Ela na morte do Senhor na Cruz. Quando São Luís Maria Grignion de Montfort menciona acima que Deus quis acabar suas maiores obras por meio de Maria Santíssima, ele se refere as obras humanamente falando, contudo para nossa Salvação. Esse mistério da Salvação, ou seja, a Vida Eterna terá Aqueles que disserem seu Sim como Maria Santíssima, acolhendo o Projeto que o próprio Deus manifestou em Sua Mãe à todos os povos.


Andréa Lustosa - Formadora na Magnificat - Missão Católica de Evangelização