São Luís Maria Grignion de
Montfort, escritor do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”,
pregou na França pré-revolucionária. A Revolução Francesa, que começou em 1789,
era contra o clero e contra a Igreja, a verdadeira religião. Ela queria um
clero jacobino, que era a favor da revolução. Os padres da Revolução Francesa
precisavam assinar que não eram fiéis ao Papa, mas fiéis ao governo
revolucionário da França. Depois de criada a igreja revolucionária francesa,
iniciou-se um ataque à religião, para que as pessoas deixassem de ser
católicas.
Saiba como os católicos franceses
resistiram às perseguições na época da Revolução Francesa e como isso pode nos
ajudar nos dias de hoje.
Durante toda essa revolução na
França, milhares de católicos foram mortos por serem católicos, por serem fiéis
ao Papa, por terem uma verdadeira religião e uma devoção a Virgem Maria. A
região onde São Luís Maria tinha pregado, região de pobres camponeses, foi
agraciada por numerosíssimos mártires. Isso foi possível através da pregação
desse Padre francês, São Luís Maria. Ele não pregava para grandes intelectuais,
mas para pobres camponeses, caipiras franceses, que seguindo seu caminho de
verdadeira devoção e entrega a Virgem Maria, se dispuseram a morrer por Jesus.
Eis aí a prova cabal e concreta de que esse método de consagração funciona.
Os protestantes ficam
escandalizados quando dizemos que vamos nos consagrar totalmente a Maria. Eles
dizem: não façam isso, isso é idolatria. Vocês tem que se entregar a Jesus,
somente a Jesus. Mas, esse método de São Luís Maria foi colocado à prova pela
história. Seguindo o método de consagração total a Virgem Maria, ele conseguiu
formar uma geração inteira, de homens e mulheres simples, que se entregaram
totalmente a Jesus Cristo, a ponto de derramar seu sangue, para se opor ao
ateísmo da Revolução Francesa, para se opor àqueles que queriam destruir a
religião e a devoção a Nosso Senhor Jesus Cristo.
Entregando-se a Virgem Maria, nesse
método simples, esses pequenos camponeses foram formados como homens e mulheres
de uma estatura espiritual que não tinha nada de pequeno. Aqueles camponeses
humildes e pobres foram formados numa estatura tal, que se dispuseram a
derramar o seu sangue por fidelidade ao Papa, por fidelidade à Igreja, por fidelidade
à verdadeira religião.
É isso que nós propomos a vocês,
precisamos nos entregar totalmente a Nosso Senhor Jesus Cristo, precisamos ser
100% de Cristo, porque ele é Nosso Senhor. Nós queremos combater toda a
idolatria, queremos ser Cristo a ponto de derramar o nosso sangue por Ele.
Queremos isso, mal qual é o caminho, qual é o método, como obteremos isso?
Olhamos para nós e vemos que não temos fibra para isso. O tecido do qual sou
feito não é de mártir. Se depender de mim eu serei um covarde e na primeira
oportunidade eu vou trair Nosso Senhor Jesus Cristo, porque, como dizia
Orígenes, “diante de uma tentação, o cristão ou sai idólatra, ou sai mártir”.
Quando eu e você somos tentados,
nós caímos vergonhosamente. Todo pecado que cometemos é um pecado de quem foi
colocado diante da escolha: ou você adora o falso deus, ou morre pelo Deus
verdadeiro. A gente sempre escolhe adorar o falso Deus. Não somos gente feita
para o martírio, não temos estrutura para isso. Nós somos um bando de covardes,
um bando de miseráveis, um bando de traidores.
Queremos entrar na escola que
conduz à santidade, à disposição de ser mártires. São Luís Maria realizou esse
prodígio. Seu método foi testado pela história. Milhares de camponeses
franceses se dispuseram a morrer pela santa religião católica, pela fidelidade
a Nosso Senhor Jesus Cristo e ao Santo Padre o Papa. Se dispuseram a morrer
diante de um governo que se opunha à verdadeira religião.
Eles conseguiram isso
entregando-se totalmente a Virgem Maria. A entrega total a Nossa Senhora não se
opõe a entrega total a Jesus, mas, ao contrário, possibilita, é caminho para
conseguir. Isso funciona porque historicamente funcionou.
Padre Paulo Ricardo